sexta-feira, 23 de novembro de 2012

63,1 kg


Fui ontem pesar-me à balança e fiquei a saber que tinha perdido mais cinco quilos desde este verão além dos quatro já perdidos desde o inicio do ano. 

No meio do luto destes 15 por cento de eu dei por mim a questionar a importância do peso e da massa: Não tanto nesta perspectiva pessoal e intima mas mais na sua dimensão social...

E não resisto em partilhar aqui, este excerto da Insustentável Leveza do Ser a título de desabafo.

“...  Mas na verdade será o peso atroz e a leveza bela?

O fardo mais pesado esmaga-nos, verga-nos, comprime-nos contra o solo. Mas, na poesia amorosa de todos os séculos, a mulher sempre desejou receber o fardo do corpo masculino. Portanto, o fardo mais pesado é também, ao mesmo tempo,  a imagem do momento mais intenso da realização de uma vida. Quanto mais pesado for o fardo, mais próxima da terra se encontra a nossa vida e mais real e verdadeira é.

Em contrapartida, a ausência total de fardo faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, fá-lo voar, afastar-se da terra, do ser terrestre, torna-o semi-real e os seus movimentos tão livres quanto insignificantes.

Que escolher então? O peso ou a leveza?”

 PS: Não, não estou doente.

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