O abate do cão Zico, a mala da Pepa, o post da sumol... Desde já, dou os meus
parabéns a quem não faz a menor ideia daquilo a que me refiro. Já para os
outros, aqui vai: basta.
Ao termo de cinco anos de facebook, acho que
já cusquei, já partilhei, já critiquei que baste. Não vou boicotar mas vou-me
educar. Sim, educar, porque em abono da verdade interessa-me aqui questionar se
estarei ou não dependente nalgum grau que seja ao facebook e outras
tecnologias.
A minha primeira resposta será um rotundo não:
até porque eu nem sou um fervoroso consumidor de redes sociais além de que não
uso consola de jogos, vejo pouca tv e mais: até tenho lido livros, o que nestes
tempos fará de mim um intelectual!
Resta contudo, que no momento em que estou a
escrever estas linhas, tenho ali a tv ligada, o computador em que escrevo e o telemóvel
que nunca anda muito longe: são três ecrãs que criam uma espécie de sussurro ambiente;
daqueles tapetes audiovisuais que até já passam desapercebidos, o que, lá está, me
leva a achar que não apenas nada se passa como tudo isto é normal.
Mas por falar em norma, convido quem queira a pesquisar na net
a sigla FOMO, acrónimo de Fear Of Missing Out, e que se traduz numa necessidade
acentuada de verificar se há mails
novos; ver se o post que pusemos
online tem likes ou ainda quantas
visitas terá tido o nosso blogue desde há uma hora atrás... Além do FOMO, há também
a NOMOPHOBIA – NO MObile PHOBIA – que já merece consultas da especialidade em
adictologia. E como devem imaginar, isto
é só o inicio.
Acredito que para a maioria este meu discurso
pareça extremado: porque a reação primeira será a de achar que estou a
exagerar; que é normal deixarmos a tecnologias imiscuir-se em nós e nas nossas
agendas.
Eu, quanto a isso, deixo a cada um o poder de
definir o que é normal.
Eu, para mim, assumo deste post em diante a minha vontade de ser
mais criterioso quanto à informação com que me alimento: menos reação, mais
escolha; menos simultâneo, mais concentração e mais fruição; menos mais, mais
menos.
Neste caso e em tantos outros, menos é mesmo mais!! Força para fugir a esses momos e bobos e tolos. :)*
ResponderEliminarConcordo!
ResponderEliminarBelo post e bom blog. voltarei! :)
E assim se vai revelando o caminho, caminhante. Bela viagem...
ResponderEliminarAutorizem-me aqui um momento fadista... Obrigado, obrigado, obrigado :)
ResponderEliminarJulgo haver uma necessidade coletiva de alheamento do agora, não fosse a dita austeridade não nos largar. Outros factores existiram para esta ânsia de "cegueira". No entanto, cabe ao Eu decidir que caminho seguir, procurar e encontrar-se. Julgo que seja qual for o "acontecimento" incómodo, embaraçoso, enriquecedor, divertido, ou vazio do momento, serão todos eles bem vindos para que a tal procura seja consumada.
ResponderEliminarE agora pega lá mais um smile... que isto de andarmos em "manadas" a facebokear tem destes vícios ;)