terça-feira, 25 de setembro de 2012

Round 1


Faz hoje um mês que dei inicio a este diário.

A ideia era a de desbloquear algo; neste caso a escrita. Desbloquear a capacidade de mandar algo para fora que não se resumisse a vento; era ainda o cultivar o prazer; prazer da escrita. Confesso que a esse nível a coisa foi, pode-se dizer, bem sucedida.  A tal ponto que chegou a ser uma necessidade: Quer pelo facto de dar estrutura a algumas reflexões como principalmente por permitir domar a minha necessidade de falar.

Sinto, embora isto seja tudo muito recente e de algum modo residual, que este espaço de palavras ajuda-me a ter partilhas mais equilibradas com o meu circulo social.

Agora o que, em substância, nnus para outras pessoas. Ta de trasnferir  e de algum modo residual, que este espaço de palavras ajuda-me a ter partilhas mais eão mudou foi a minha necessidade de validação. Se até então usava amigos e próximos sinto agora a vontade de transferir esse ónus para outras pessoas; mas no fundo, não altera o facto de ter uma extrema dificuldade em escrever aqui, como se de um diário se tratasse, sem ansiar que este remate sirva para abrir o jogo.

Não sei se isso é mau: reconheço que gostaria de saber fazer as coisas mais para mim; sem ter essa eterna e cansativa necessidade de pontapear a bola em pleno campo. Mas, por outro lado, dou por mim a questionar se é assim tão negativo eu ser feito dessa substância: eu ser um ser gregário que precisa do outro para existir.

Nesse sentido, ao longo deste mês, observei várias fases: a primeira, a que chamarei aqui a adolescência da coisa, era a de não partilhar o blog com ninguém; no intimo, devia achar que um dia, um critico literário iria dar de caras com esta pérola do pensamento e iria projetar-me para a glória tal uma Cinderela moderna. Não aconteceu; então, optei por começar a dar o link a uns amigos. Sim e tal, fazes bem mas confrontou-me ao facto de que, tal como eu, as pessoas têm as suas vidas e não precisam desta bica de sabedoria para sobreviver. E já mais recentemente,  criei um perfil no twitter. Cheguei a ter 19 amigos, tenho lá agora uns 17, em que metade são empresas.

O bom da coisa é eu estar mais próximo e consciente de mim e dos outros. O balanço é positivo. Bastante até.

Mas... Sim, tinha de vir o mas.

Mas, aproveito para me espantar com os meus vizinhos da blogosfera. Não é, em bom rigor, estranho o débil feed back que o meu blogue possa ter gerado nomeadamente através do twitter porque pelo que vejo, os meus compadres blogueiros estão mais empenhados em debater a actualidade. 
Eu, também gosto da dita. Mas, já agora, se me é dado um suporte onde posso desviar o olhar e multiplicar as abordagens, quiçá ache, pelo menos para já, mais graça a perder-me por registos mais pessoais do que parafrasear as breves jornalísticas.

Além do mais, devo confessar, que a crise e toda a parafernália do apocalipse já me entedia. Estou-me basicamente nas tintas para o Passos Coelho.  O que não invalida que assuma as minhas responsabilidades enquanto cidadão. Mas vir aqui ocupar o meu tempo ocioso com divagações cunícolas, já é pedir-me muito.

... Pronto, está feito o Sim, está feito o Mas: venha agora o round 2.


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